1-Atrofia dos maxilares
2-Palato ogival
3-mordida cruzada
4-Apinhamento dentário anterior(protusão de dentes)
5-Falta de espaço para erupção de dentes permanentes.
6-olheiras , sono pertubador, ronco, rinite, asma
7-Hipertrofia das adenóides, amígdalas.
8-Vias aéreas superiores e inferiores estreitas
9-alterações posturais como hipercifose, projeção da cabeça para frente, flacidez abdominal
10-diminuição do rendimento escolar e esportivo.
Segundo Ricketts 1968, o respirador bucal faz movimento de rotação da cabeça no eixo cervical, em um esfoço para aumentar a passagem de ar pelo espaço oro-naso-faringeo, fazendo com que estas crianças mudem a postura , esta mudança de postura podem trazer conquências na estética postural da criança , a região cervical perde a sinuosidade natural, resultando em elevação da escápula, depressão do tórax, acarretando uma deficiência de oxigenação,devido ao relaxamento do abdomem e insuficiência muscular do músculo diafragma, bem como funcionabilidade do esqueleto como todo.A dificuldade de harmonia em respirar e se alimentar, e mesmo dormir, poderá provocar aumento na tensão dos músculos tanto da mastigação, músculos do pescoço e escápulo torácicos, podendo provocar dores de cabeça , pescoço e coluna dorsal.
Como isto ocorre?
No caso do respirador bucal, durante a noite , normalmente a criança realiza uma Hiperestensão da cabeça e pescoço no intuito de aumentar o espaço oro-naso-faríngeo, para permitir uma maior passagem de ar, no entando os músculos infra-ioideos, que são rsponsáveis pela abertura da boca, ficarão tensos por longo período e isto ocorre também com os músculos cervicais, já os músculos que promovem fechamento da boca como Músculo temporal e masseter que ficarão hiperestirados , ocasionando tensão exageradas neste complexo muscular, esta tensões poderão gerar Trigger points miofacias nos músculos do pescoço e músculos mastigadores, estes trigger points músculares produzem padrões de dores a distãncia tais como cefaléias e cervicalgia característicos da SDM ( Síndrome dolorosa miofacial) , podendo serem sintomas isolados ou concomitantes. Muito comum as crianças respiradoras bucais acordarem com dor de cabeça , cansaço e olheiras, isto também pode ocorrer no adulto.Um outro detalhe importante é que o núcleo do nervo trigêmio que controla os músculo da mastigação , também faz importante conexão com os nervos cervicais de C1 a C3-fig3, isto irá colaborar para o que chamamos de liberação medular aumentando o influxo nocicepitivo(impulso de dor), originado nestas estruturas (cervical e musc. mastigatórios), isto poderá acarretar fixações vertebrais importantes, o que irá aumentar ainda mais a liberação medular, originando desta forma um " uma bola de Neve", uma cascata de eventos de dor e repetição e cronificação dos sintomas. No caso do indivíduo não ser respirador bucal, a cervicalgia e dorsalgia terão outra entidade patológica, podendo ou não ter relação com a respiração,poderíamos citar: aumento da tensão por alterações posturais, lesões traumáticas, lesões vicerais, lesões osteoarticulares e outras.
O que fazer?
Vários profissionais deverão serem consultados, o otorrinolaringologista, o Dentista e o Fisioterapêuta com especialidade em terapia manual e postural.
Atribuição aos profissinais citados:1º Passo.
O otorrinolaringologista irá verificar se há hipertrofia das adenóides e outras obstruções, no caso das adenóides estas deverão serem corrigidas através de procedimento cirúrgicos e ou medicamento antialérgicos se for o caso, isto irá facilitar a passagem de ar pelo nariz, sem dúvida este é o primeiro passo . Mas sempre vale qui um alerta ! muitos Pediatra extremamente conservadores em suas condultas não são favoráveis a cirurgia, segundo opiniões médicas a adenóide corrige-se espontâneamente aos 12 anos de idade. Na minha opinião é uma correção muito tarde e um grande estrago pode ocorrer neste período, selando de vez os problemas ocasionados pela criança que respira pela boca, piorando muito as alterações acima citadas,neste caso sugiro a correção com cirurgia e ou medicamento, seu filho irá agradecer sem dúvida mais tarde quando entender o problema.
2º Passo-O dentista especializado em ortopedia funcional de maxilares, este irá verificar distúrbios oclusais que em muitos estão presentes, segundo Schinestsck et all 1986, avaliaram 200 crianças entre 3 e 6 anos, 69% apresentavam a falta de selamento labial(criança fica com a boca aberta), 55% tinham problemas respiratórios, e 74% tinham maloclusão.
3º Passo - O Fisioterapêuta com especialidade em técnicas manuais e posturais, este irá ferificar os distúrbios posturais relacionados ao problema, traçará uma meta de tratamento através da avaliação realizada.
Normalmente poderá empregar técnicas manuais para minimizar os sintomas dolorosos se houver, desativando os pontos gatilhos, e instituindo relaxamento para regiões dos músculos da mastigação, ATM, músculos cervicais, fortalecimento do diafragma , abdominais e tratamento postural concomitante ou num segundo momento. Caso as adenóides ainda não foram corrigidas , por motívos qualquer, tais como convênio, falta de recursos financeiros, as etapas poderão serem puladas, podendo consultar os dentista e Fisioterapêutas para minimizar os sintomas de cefaléias de repetição e as a alterações posturais, no entanto a correção das adenóides não podem serem negligenciadas.
fig.1-Imagem de trigger point miofacial do trapézio
que provoca cervicalgia.
fig2-Imagem de trigger point miofacial do Esternocleidomastoídeo, que origina cefaléia.
fig 3.
Na fig 3. observa-se o núcleo do nervo trigêminocervical, que " comanda" os músculos mastigatórios e e influencia os níveis cervicais superiores.