A região plantar do pé é revestida por uma fascia, de forma triangular, denominada aponeurose plantar (FIELD, 2001). Esta faixa extensa de tecido conectivo insere-se proximalmente à superfície do tubérculo medial do calcâneo e distalmente às articulações metatarso-falangianas, onde se fundem aos ligamentos capsulares (PRENTICE, 2002).
Segundo Hebert et. al. (2003); a fascia plantar consiste na principal estrutura estabilizadora passiva do arco longitudinal medial do pé. Filho (2001) afirma que as funções de estabilização e suporte do pé na posição ortostática e durante a locomoção, implicam no seu apoio no solo através da região plantar. Esse apoio se dá através do triângulo de sustentação, que tem como vértices a extremidade posterior do calcâneo e as cabeças do primeiro e quinto metatarsos. O arco plantar permite uma maior flexibilidade no apoio, assim como um maior amortecimento de impactos. Tanto na posição ortostática quanto durante a marcha, a hiperextensão dos artelhos demanda um tensionamento da fascia plantar e uma pronação do pé (BUSSIÈRES, 2002). Para Starkey ; Ryan (2001), a fascia plantar não só sustenta, como é sustentada por muitos dos músculos intrínsecos e ligamentos do pé.
A fascite plantar pode ser definida como uma afecção caracterizada pela dor na região plantar do calcâneo, que pode se estender por toda a fascia plantar. Sua manifestação é insidiosa, e sua sintomatologia é mais evidente pela manhã, ou após um período de repouso. Geralmente melhora após atividade (primeiros passos), embora em alguns casos, a dor possa persistir por todo o dia (BUSSIÈRES, 2002; HEBERT et. al., 2003; SNIDER, 2000; FILHO, 2001; ALDRIDGE, 2004). Para Hebert et. al. (2003); o aumento no quadro doloroso ao primeiro apoio matutino deve-se ao fato de que durante o sono, a inatividade dos músculos dorsiflexores promove um encurtamento da fascia plantar. O primeiro apoio provoca um estiramento brusco da aponeurose, o que provoca a dor. Segundo o mesmo autor, corridas, saltos e atividades de impacto pioram a dor. Riddle et. al. (2004) afirma que as perdas funcionais decorrentes da fascite plantar, estão relacionadas somente às atividades que envolvem corrida, e atividades profissionais e hobbies que envolvem sustentação de peso; não havendo relação com perda de amplitude de movimento (ADM) e perda de força e trofismo muscular.Alguns trabalhos remetem que o problema, pode estar relacionado com a pronação excessiva( movimento tridimencional na fase de apoio médio na marcha-andar- a nível sub talar) dos pés, esta pronação excessiva provocaria aumento das tensões musculares, tanto anível de pé como de membro inferior, sendo que a pronação também poderá causar outros problemas dolorosos, como síndrome da hiperpressão retropatelar, condromalácia patelar, fadiga dolorosa muscular do membro inferior e outros.
o Tratamento/
Basicamente utilizamos a conbinação de meios físicos eletrotermoterápicos, como micro ondas, compressas quentes(hidrocolactor), liberação da fascia plantar manualmente, ultrasom combinado com corrente interferencial, fortalecimento dos músculos intrinsicos plantares e alongamento da panturrilha, finalizando com crioterapia. Nas atividade de vida diária orientamos o alongamento domiciliar da panturrilha, gelo uma vez ao dia, solicitamos não utilizar calçados muito baixo,a quantidade de sessão varia de acordo com a cronicidade do problema.
na foto crioterapia com corrente interferencial
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