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sábado, agosto 23, 2008

Dor no Braço-Atuação da Fisioterapia Quiropráxica.


Hoje vou postar diferente, recentemente recebí um E-mail de um amigo peguntando sobre a Fisioterapia Quiropráxica direcionadas para tratamento de membro superior. A resposta ficou muito boa que resolví postar aqui no Blog.

Pergunta:
Oi Sena td bem?
preciso de sua ajuda, espero contar contigo.
olha precisava saber de patologias de ombro, cotovelo punho e mão que possam ser manipuladas pela quiro. tanto faz diretamente qto a distância.
será q pode me ajudar? não precisa dizer a manipulação apenas as patologias e onde manipular.
obrigado mesmo
Resposta:
Pensando em sistema simpático
liberar regiôes de C8-T5= cabeça e pescoço

para membros superiores T2-T10

Para membros inferiores T12-L2
segundo Koor- manipulações nestas regiões teêm importância para controle Nociceptivo , que em caso álgico haverá sempre comprometimento simpático.

Pensando em Miótomo e dermátomo, deve-se manipular e liberar o nível em questão:pois distúrbios somáticos nas vértebras repercutirão no seu nervo correspondende e quase em nenhuma das vezes há alteração eletroneuromiográfica, considerando-se nível subclínico.Compressões nos nervos podem inferir em danos no fluxo neural(Dahlin 1991), Dor difusa , com dano na bainha de mielina sem dano axonal(Greening e Lyn 1998). Chaclock 1999-tratamento de mecanismos periféricos podem ser tratados centralmente, pois ambos os mecanismos central e periféricos fazem parte do mesmo problema.

Exemplo : patologias no Ombro liberar o miótomo e dermátomo responsável por esta região, como por exemplo C5 -C6.
Cotovelo C6-C7= ex: epicondilite
Mãos T1-T2 e assim por diante.
T4- na síndrome de T4-dor e formigamento em forma de luva bilateral das mãos, ja tive alguns casos com melhora em uma sessão apenas.Esta patologia é confundida com síndrome do tunel carpal e muitas vezes a eletroneuromiografia é positiva, distúrbio conhecido como "duble crushed" mencionado por Upton e Mac comas 1973
No entanto deve-se liberar também regiões distantes que apresentam hipomobilidade, é isto que fazemos no protocolo global. Uma coisa importante liberar a torácica média (T4-T9) koor e Butler 1991-sempre, pois o afunilamento do canal medular nesta região conhecida como ZONA HIPOVASCULAR,podem apresentar repercuções importantes se estiver hipomóvel e isto é em quase todas as pessoas, 95%, torna-se capital liberar esta região, pois as repercuções desta região será em toda a coluna e nos membros, tanto superior quanto inferior . Inclusive existem trabalhos que referem que capsulite adesiva do ombro tem uma melhora significativa com a manipulação desta região, pois haveria uma diminuição da hiperestimulação simpatica.As manipulações diretas nas articulações periféricas tem como objetivo a liberação do fluxo neural axoplasmático , isto provoca uma maximização dos efeitos neuromoduladores da dor.

Abraço e boa sorte.

Este dados fazem parte do meu tema de curso e conferência em cervicobraquialgia.

Abraço

Ricardo Sena.


Um comentário:

Ricardo Sena disse...

Continuando a postagem anterior:



Ricardo
obrigado pela aula, interessantissimo gosto do assunto.
mas preciso de patologias e onde manipular, por exemplo: sindrome do manguito rotador, existe alguma manipulação local? capsulite como vc citou, existe alguma manipulação local? epicondilite? stc? patologias mais comuns.
é q estou precisando p dar uma aula p uns estudantes de quiropraxia, e vou entrar na patologia e biomecanica de mmss, e o responsável me pediu p falar de patologias q tenham manipulações a serem demonstradas depois.
e ninguem melhor do q vc p me ajudar.
obrigado d novo.

Quando a patologia está instalada, como por exemplo ruptura do manguito Rotador, a quiropraxia não terá efeito local, pois temos uma lesão( doença) do manguito rotador,. Entretanto manipulações diretas são poucas, posso citar uma para ampliar a descida do úmero-deslize lateral, inferior leves em caso de diminuição do espaço entre o acrômio e cabeça do úmero, manobras para liberação conjugado de deslize-lateral-inferior -posterior e outros .quando há ruptura parcial e em idosos deve ser evitadas, devido a fragilidade do manguito.No entanto utilizo muito a terapia manual nestas patologias que são mobilização mais suaves, vizando mais a escápulo-torácia.

Já na Capsulite adesiva, existem manobras de quiro para decoaptação gleno-umeral , chamada deslize lateral ,como por exemplo estágio 2 (fibrose) terá grande valia, já não teria na fase 1-inflamatória, ,aliás, manobras nesta fase são contra - indicadas, são permitidos apenas terapia manual com mobilização pelo método de kalterborn, com princípios de Stanley Paris, estes preconizam que movimentos acessórios devam ser estabelecidos antes dos movimentos principais. Vou citar um exemplo:Mobilização anteroposterior gleno-umeral para capsulite adesiva, provocará desensibilização e flexibilização das capsulas anterior e posterior, mobilizações externo-clavicular podem ser realizadas, mobilizações escápulo-torácicas, e as manobras quiropraxicas podem ser realizadas nestas regiões com o intuito de liberar estas articulações se estiverem visivelmente hipomóveis com carga manipulatória submáximas.Da mesma forma que na síndrome do manguito podem ser utilizadas com parcimônia sempre no intuito de ganho de amplitude, algumas manobra já mencionei acima e podem ser realizadas com um pouco mais vigor, porém dentro de níveis terapêuticos.Uma manobra importante é a de liberação global da gleno-umeral.

Na epicondilite lateral dos tendões ex:extensor radial curto e longo , extensor dos dedos etc.) manobras de apoio de liberação do fluxo neural diretamente no cotovelo,existe uma manobra com o objetivo de liberar o tendão muito parecido com manobra de Mills existem manobras para liberação das hipomobilidades no cotovelo como por exemplo existe uma manobra para liberação de deslize latero-medial que podem interferir na biomecânica do cotovelo, tem outra manobra de deslize AP que são manobras sutis.Existe manobras da escola de terapia manual para mobilização da cabeça do rádio, existe manobra de quiro para ganho de rot.externa e interna da rádio -ulnar.

Na síndrome do tunel carpal , utilizamos manobras de deslizamento radial e ulnar , impulso longitudinal para liberação do cilindro proximal em flexão dos ossos do carpo e cilindro distal dos ossos do carpo com liberação em extensão, impulso longitudinal para liberação carpo-ulna-rádio.Liberação em AP-PA para o ossos do carpo.Liberação interfalangeana, impulso para liberação da sindesmose ulna-rádio, liberação do osso piramidal-ulna etc

ESPERO QUE A RESPOSTA TI SATISFAÇA.Fica difícil sem demonstrar.
aBRAÇO.